O Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio  celebra conquistas e nos faz pensar sobre o futuro

As Nações Unidas declararam 16 de setembro como Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, com a finalidade de ampliar a conscientização do público em geral acerca de assuntos relacionados ao clima, mobilizar e engajar políticos, bem como para encontrar recursos que mitiguem impactos negativos na atmosfera, celebrando e reforçando as recentes conquistas da humanidade neste sentido.

Na indústria de refrigeração, este tema ganhou elevada atenção uma vez que o cloro contido nos fluidos refrigerantes clorofluorcarbonetos (CFC) e hidrofluorcarbonetos (HCFC), como identificado por dois futuros ganhadores do Prêmio Nobel, Molina e Rowland, em 1974, são considerados catalisadores que repetidamente levavam à quebra de moléculas de ozônio da estratosfera, reduzindo seu efeito de absorção da biologicamente nociva radiação ultravioleta do sol. 

A partir dessa descoberta, governos de todo o mundo assinaram o Protocolo de Montreal, em 1987, especificando cronogramas para a eliminação da produção e uso de refrigerantes CFC e HCFC. Como resultado da ampla adoção e implementação deste acordo internacional, dentre outras ações relevantes, o buraco na ozonosfera na Antártica está lentamente recuperando-se e os estudos indicam que a mesma retornará aos níveis de 1980 na segunda metade deste século, o que faz com que o Protocolo de Montreal seja amplamente celebrado como um exemplo de excepcional cooperação internacional.

A escolha pelos refrigerantes naturais

A indústria da refrigeração e aparelhos de ar-condicionado responderam a essa crise substituindo o CFC e HCFC, inicialmente, por novos fluidos refrigerantes hidrofluorcarbonetos (HFC), mas também por refrigerantes naturais como dióxido de carbono, amônia e hidrocarbonetos. O uso de refrigerantes naturais naquele momento foi realmente a melhor decisão, porque 20 anos depois do Protocolo de Montreal, cientistas, governos, público em geral e todas as partes interessadas tornaram-se cada vez mais preocupados com o aquecimento global e mais genericamente, a mudança climática global. Isso levou a várias ações como o Protocolo de Quioto, a regulação europeia dos gases fluorados (EU F-gas regulation) e, mais recentemente, a Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal, em 2016. 

Em 1º de janeiro de 2019, a Emenda de Kigali entrou em vigor. Sob esta Emenda, os países comprometeram-se a reduzir o uso de hidrofluorcarbonetos (HFCs) em mais de 80% durante os 30 anos seguintes. 

A Embraco, desde o início dos anos 1990, tem promovido ativamente o uso de compressores herméticos com fluidos refrigerantes de baixo impacto atmosférico e, em particular, com fluidos refrigerantes naturais. 

A primeira mudança importante veio com a introdução do isobutano (R600a) em refrigeradores e freezers residenciais, seguido pelo propano (R290) em sistemas de refrigeração comercial plug-in, assim como em aparelhos de ar-condicionado portáteis e desumidificadores. A companhia foi também uma das pioneiras em compressores com dióxido de carbono em uso em vending machines (máquinas de venda automática) e bombas de calor. 

Escolher um fluido refrigerante natural é um cenário ganha-ganha para todos os stakeholders e o meio ambiente, considerando emissões diretas muito baixas (GWP extremamente baixo) assim como emissões indiretas também reduzidas graças à intrínseca eficiência energética superior do ciclo de refrigeração. 

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